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Consequências Macroeconómicas e Fatores Explicativos das Remessas de Emigrantes: O Caso Português
2000-03-29
Dissertação de mestrado de Violeta Vieira Pinto em economia internacional e estudos europeus, apresentada ao Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa, em 2024, sobre o impacto macroeconómico das remessas dos emigrantes portugueses na economia portuguesa, em particular nos momentos de instabilidade económica, sob orientação de José Carlos Lopes e João Alfredo dos Reis Peixoto.

Título  Consequências Macroeconómicas e Fatores Explicativos das Remessas de Emigrantes: O Caso Português
Autor  Violeta Vieira Pinto
Orientadores José Carlos Lopes e João Alfredo Dos Reis Peixoto
Ano  2024
Institutição  Instituto Superior de Economia e Gestão, Universidade de Lisboa
Grau  Mestrado
Área  Economia Internacional e Estudos Europeus
Palavras-chave Emigração, Remessas, Impactos macroeconómicos, Portugal 
URI https://www.iseg.ulisboa.pt/estudar/trabalhos-finais-de-mestrado/eiee/566398812171561/

 

Resumo

Portugal, historicamente, é um país marcado pela elevada emigração, com vagas significativas de habitantes ao longo das décadas a sair do país na procura de uma vida melhor, sobretudo durante crises económicas onde as perspetivas de emprego são baixas e a instabilidade económica é elevada. Uma ligação foi criada entre as comunidades portuguesas no estrangeiro e as suas famílias em Portugal, através das remessas. A presente dissertação analisa o resultado macroeconómico que as remessas de emigrantes têm na economia portuguesa, com ênfase na evolução histórica e nos fatores explicativos que condicionam estes fluxos financeiros. O foco inicial da investigação foi o levantamento e revisão da literatura pertinente, que estabeleceu fundamentos para a compreensão dos padrões de emigração e das consequências macroeconómicas das remessas. Revela-se o papel crucial que as remessas desempenham na economia, principalmente nos momentos de instabilidade económica, como foi o caso dos desequilíbrios da balança de pagamentos nas décadas de 1970 e 1980, onde as remessas contribuíram para a estabilização da economia compensando a escassez de capital externo. Porém, após a adesão de Portugal à CEE, em 1986, a dependência das remessas diminuiu, devido ao aumento das ajudas financeiras comunitárias (fundos estruturais). A análise econométrica realizada, ao período entre 1953-2020, demonstra que não obstante o impacto positivo do PIB nas remessas, variáveis macroeconómicas como a taxa de desemprego e a taxa de inflação têm uma capacidade limitada de explicar as flutuações dos fluxos das remessas. Culmina-se que há outros fatores, estes sociais, culturais e políticos que também desempenham um papel significativo, sugerindo que a relevância das remessas transcende explicações somente económicas.

 

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