Título Os Portugueses na Austrália: uma análise a partir do estágio no Observatório da Emigração
Autor Sofia Isabel Pimenta de Vilhena
Orientadores Dulce Pimentel e José Carlos Marques
Ano 2024
Institutição Faculdade de Ciências Socias e Humanas, Universidade Nova de Lisboa
Grau Mestrado
Área Migrações, Inter-etnicidades e Transnacionalismo
Palavras-chave Emigração portuguesa, Austrália, Transnacionalismo, Estatísticas da emigração, Relatório de Estágio
URI https://run.unl.pt/handle/10362/179342
Resumo
Este relatório apresenta os resultados do estágio realizado no Observatório da Emigração, entre outubro de 2023 e março de 2024. Analisa-se o fenómeno da emigração portuguesa na Austrália, um dos principais destinos de emigração portuguesa, com recurso a métodos quantitativos e, em menor grau, a métodos qualitativos. Estes permitem um estudo detalhado das principais características da emigração portuguesa na Austrália, através de dados estatísticos reunidos em dois documentos, o Country Report e o Fact Sheet. Neste último, são analisadas as práticas transnacionais dos portugueses na Austrália, através da aplicação de um inquérito por questionário. Ambos os documentos são publicações regulares do Observatório da Emigração. Para enquadrar os dados, considerou-se oportuno proceder à contextualização bidirecional do fenómeno emigratório: primeiro, do estado emissor, Portugal, procedendo a uma caracterização histórica e contemporânea do fenómeno migratório, assim como das estruturas (formais e informais) que agem como bases do transnacionalismo migrante; em seguida contextualiza-se a Austrália como país recetor de imigração, cuja abordagem à migração e à diversidade assenta numa política multicultural, favorável ao exercício de práticas transnacionais. Explorados os resultados, constata-se que o recurso a práticas transnacionais não é uma característica proeminente dos portugueses na Austrália. Assim, estamos perante um transnacionalismo de baixa intensidade, dependente dos laços emocionais e afetivos que ligam os migrantes à origem. Tal é indicativo de um transnacionalismo predominantemente simbólico.