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Macau/Eleições: Participação cívica da população revela "vitalidade" das várias comunidades - Anabela Ritchie
2009-09-20

Macau, China, 19 Set (Lusa) - A participação cívica da população de Macau nas eleições legislativas de domingo revela a "vitalidade" das várias comunidades do território, considerou a antiga presidente da Assembleia Legislativa, Anabela Ritchie.

"Acho que são importantes (as eleições), porque revelam a vitalidade das várias comunidades existentes em Macau e todas elas participam, cada uma com aquilo que consideram importante no debate de questões que dizem respeito a toda a população", disse Anabela Ritchie em declarações à agência Lusa.

Afastada da vida política local por vontade própria - depois de ter cumprido, até 2001, seis mandatos de deputada -, Anabela Ritchie recorda que os temas que a comunidade portuguesa tem discutido em ambientes mais restritos são hoje uma preocupação mais alargada da comunidade.

"Quanto a nós, comunidade portuguesa, tem havido temas discutidos entre nós, em grupos pequenos, mas neste momento as coisas são debatidas já num contexto e âmbito diferentes, como o debate sobre temas relacionados com a língua, a educação, a cultura, a saúde, a identidade, como mantê-la em Macau num meio que é cada vez mais chinês, e qual o contributo que podemos dar para o Macau de hoje e de amanhã", disse.

A mesma responsável salientou a "importância" de os portugueses, além de discutirem temas gerais de preocupação das diversas comunidades de Macau, também se debruçarem sobre problemas que são específicos da comunidade.

"Só espero, como está prometido, que a plataforma que se construiu - "Voz Plural, Gentes de Macau" - tenha continuidade e que periodicamente sejamos chamados a discutir problemas que são exclusivamente nossos ou de toda a população", disse, ao sublinhar que "haver vozes portuguesas dentro de um órgão como a Assembleia Legislativa é importantíssimo".

Apesar de estar fora da política, Anabela Ritchie confessa que tem "saudades (da política) de vez em quando" mas ressalva que o que mais sente falta é do "convívio com os amigos, com os deputados e colaboradores, do debate de ideias e principalmente do entusiasmo na procura de soluções em que vivíamos embrenhados".

Anabela Ritchie explicou também à Lusa que saiu para dar lugar aos mais novos e porque "acredita plenamente que há vida além da política".

"Faço hoje coisas que nunca tinha tido oportunidade de fazer ou aprofundar porque tinha o tempo todo ocupado - como, por exemplo, aprender chinês que é uma coisa que me enche as medidas - mandarim, oral e escrito - e tenho-me dedicado à solidariedade social, onde há um mundo de coisas bonitas para fazer e descobrir", concluiu.

16 listas concorrem este domingo aos 12 lugares na Assembleia Legislativa de Macau que são escolhidos pela população. Os restantes 17 deputados são eleitos indirectamente pelas associações representativas de vários interesses e sete são nomeados pelo chefe do Governo.

JCS/PNE.

Lusa/fim

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