“Este estudo analisa o papel das migrações na sustentabilidade demográfica de Portugal a curto, médio e longo prazo, tendo por base o conceito de migrações de substituição e a construção de cenários prospectivos até 2060. As tendências de envelhecimento, diminuição da população e redução do número de pessoas em idade activa estão em curso. Neste contexto, qual poderá ser o papel das migrações? Qual o saldo migratório necessário para contrariar tais tendências demográficas? Como poderão as migrações responder às necessidades futuras do mercado de trabalho, no total e por níveis de qualificação? Qual será o impacto das migrações no sistema da Segurança Social, em particular no subsistema de pensões de velhice? Conclui-se que o país deve manter-se aberto à imigração e resistente a uma emigração volumosa. Mas ao estabelecer que os níveis de migração necessária são, em certos cenários, bem mais elevados do que os conhecidos até hoje, o estudo alerta, também, para a necessidade de procurar outras soluções.”