Cerca de 110 mil portugueses emigraram em 2015, mas ainda não é possível concluir se a emigração estagnou ou está a descer, sendo previsível que os números de saídas não diminuam para valores anteriores à crise.
Os dados constam no relatório da emigração em 2015, que foi hoje entregue na Assembleia da República e apresentado no Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Rui Pena Pires, coordenador do Observatório da Emigração, entidade do ISCTE-IUL que colabora com o Governo, referiu que se registaram 110 mil entradas de portugueses nos países de destino, o mesmo número que nos dois anos anteriores.
Estes dados "apontam para uma estabilidade depois de um grande período de crescimento, na sequência da crise de 2008 e sobretudo depois de 2011, que estabiliza num patamar elevado", explicou, referindo que o Observatório dispõe de dados novos que indicam que houve "um pico um pouco maior por volta de 2013" do que aquilo que tinha sido estimado no passado - ou seja, que se tenha situado na ordem das 120 mil pessoas - e, portanto, desde então, se tenha registado "uma pequena, mas mesmo pequena descida".
"A única coisa que podemos afirmar com bastante confiança é que a emigração não cresceu. Se estabilizou ou se teve uma ligeira descida, ainda não conseguimos afirmar", acrescentou.
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