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Portugueses repatriados à chegada ao Canadá por suspeita de imigração ilegal
2012-11-20

O embaixador de Portugal no Canadá recomenda que os Portugueses interessados em emigrar para o país devem cumprir a legislação existente, referindo conhecer casos de repatriamento imediato à chegada ao aeroporto por suspeita de imigração ilegal.

"Todos os eventuais interessados em emigrar para o Canadá deverão estar atentos às leis aplicáveis, bem como conscientes de que a decisão final sobre a matéria caberá sempre às Autoridades canadianas", realçou à Lusa o embaixador Pedro Moitinho de Almeida.

O diplomata frisou que "têm-se, inclusive, verificado casos de portugueses que são repatriados imediatamente após a sua chegada como turistas a um aeroporto canadiano, devido à suspeita da intenção de emigração para fins laborais".

Questionado sobre um eventual aumento do fluxo de portugueses no Canadá, tendo em conta a crise económica vivida em Portugal, Pedro Moitinho de Almeida elucidou que "a Embaixada de Portugal e os consulados-gerais só têm conhecimento da vinda dos portugueses que os contactem ou que neles se inscrevam".

"Não é, assim, possível ter uma ideia exacta do volume de emigração nesta altura", disse.

É a busca de emprego que principalmente move os portugueses a emigrarem, procurando no caso do Canadá um estatuto legal de "trabalhador qualificado ou especializado", quer ao nível federal, quer provincial.

O pedido de imigração é um processo complexo e moroso, podendo obrigar a anos de espera por uma resposta, que pode ser negativa.

Segundo informações recolhidas junto dos serviços de Imigração federal na Embaixada do Canadá em Paris, que centraliza a imigração numa área geográfica que inclui Portugal, a decisão de um processo entregue por um candidato a trabalhador qualificado federal está a demorar 33 meses (ou seja, quase três anos), para pedidos entrados desde Novembro de 2008 a Junho de 2010, ou pode ir até 63 meses (pouco mais de cinco anos) para requerimentos anteriores a Fevereiro de 2008.

Além dos que procuram um emprego, há outros portugueses a emigrarem para o Canadá por razões de reunificação com familiares já radicados, de estudo e em resposta a ofertas de emprego, mas esses são em menor número.

Assinale-se que só a residência permanente ou a nacionalidade garantem o direito a estar definitivamente no Canadá e a usufruir dos sistemas de Segurança Social e de Saúde.

"Em 2011, o Canadá concedeu residência permanente a um total de 248.748 pessoas, valor que se situa dentro do intervalo fixado para o ano, de 240 mil a 265 mil", declarou à Lusa Julie Lafortune, responsável do Ministério de Imigração federal.

No total de residentes permanentes admitidos no ano passado, as duas maiores parcelas são as relativas às categorias dos chamados "imigrantes económicos" e da "classe familiar", representando, respectivamente, 62,8 e 22,7 por cento.

É a categoria dos "imigrantes económicos" que integra os trabalhadores qualificados (quer se candidatem individualmente ou juntamente com as famílias), os imigrantes da "Classe de Experiência Canadiana" (trabalhadores estrangeiros temporários ou estudantes estrangeiros que obtiveram diplomas no Canadá e que receberam residência permanente), assim como investidores e empresários imigrantes, entre outros.

O Governo canadiano quer agora favorecer os imigrantes da "Classe de Experiência Canadiana" e está a diminuir o número de imigrantes na categoria de "Trabalhador Qualificado Federal", anunciando para breve critérios mais selectivos.

Exemplo elucidativo é o tempo de decisão dos processos de imigração no âmbito da "Classe de Experiência Canadiana", que é de 14 meses, sendo todos analisados no Canadá.

Lusa/SOL, aqui.

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