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Empresários formam rede global de contacto
2012-05-03
Executivos portugueses no estrangeiro são cada vez mais um ponto de ligação para as empresas nacionais.

Hermínia Saraiva

Cavaco Silva reúne amanhã, sexta-feira, em Cascais, a nata dos emigrantes portugueses com o objectivo de "vender" Portugal ao mundo. Mas, para lá desta elite de topo, há um exército de portugueses anónimos que vingaram nos cinco continentes e que a COTEC distingue desde 2008 com o Prémio Empreendedorismo Inovador na Diáspora Portuguesa. Uma distinção que já tem efeitos práticos em termos de investimento.

João Mena de Matos, que há mais de duas décadas fundou na Holanda o European Design Centre (EDC), é exemplo disso. Em Junho irá anunciar a criação de dois centros de formação para médicos num investimento de 15 milhões de euros. A MedSim, com actividade na Holanda, forma equipas médicas com "o objectivo de cometerem menos erros". E, depois de Lisboa e do Porto, podem surgir unidades em Coimbra e em Faro, contribuindo para criar até 60 postos de trabalho.

Mena de Matos não esconde as origens e garante que ser português é um bom cartão de visita. "Portugal e os portugueses têm, de uma maneira geral, bastante aceitação por parte de povos estrangeiros", diz o empresário. E dá exemplos. "Cidadãos de países maiores como a Alemanha ou a França, são muitas vezes recebidos com uma certa relutância."

Agora, o presidente da República quer capitalizar a forma como a diáspora portuguesa - cinco milhões de pessoas espalhadas pelo mundo -, é considerada e que mostrem o que Portugal tem de bom. "De algum modo, todos os portugueses da Diáspora são intrinsecamente embaixadores de Portugal e falar de, ou sobre, Portugal diante dos mais variados contextos, acaba por surgir de forma natural", reconhece Paulo Taylor, co-fundador da eBuddy, uma plataforma que agrega vários sistemas de mensagens através da internet. Taylor, que mora na Holanda há vários anos, foi reconhecido com o prémio da COTEC em 2009 que pretende, de acordo com fonte próxima da organização, reconhecer a existência de "uma comunidade de empresários" e de "gente que construiu empresas, grupos empresariais, que tem actividade económica e que é respeitada nas sociedades de acolhimento".

Económico, aqui.

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