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"A Diáspora Portuguesa pode ajudar quando conseguirmos ter uma agenda concreta"
2012-05-05
António José Calçada de Sá foi uma das 24 personalidades do mundo dos negócios da Diáspora portuguesa chamado pela Presidência da República e pela COTEC para debater ideias para Portugal.

Ao Dinheiro Vivo, o responsável da Repsol dá conta as duas ideias centrais que emergiram deste encontro de empresários em torno da globalização e de que forma seria possível dinamizar a marca Portugal.

 

Que conclusão retira desta iniciativa, cujo lema é "Portugueses Reencontram-se - O Papel da Diáspora no Desenvolvimento de Portugal"?
Penso que é uma iniciativa muito positiva da nossa Presidência da República e que tem objetivos muito claros: aproveitar o conhecimento e a experiência dos executivos portugueses com posições de destaque no mundo e fomentar um debate proactivo e um "networking" positivo que sirva para dinamizar o nome de Portugal e a "Marca Portugal" no mundo; fomentar as nossas exportações e incentivar o investimento estrangeiro em Portugal.

Que ideias, experiências, casos, soluções ... se podem retirar deste encontro para Portugal?
Surgiram muitas e boas ideias que vão ser priorizadas ao longo das próximas semanas e meses. Não se tratava de encontrar soluções fáceis ou mágicas para um contexto económico tão complicado e agressivo. Trata-se, isso sim, de encontrar um modus operandi que nos ajude a traçar uma road map, um caminho a seguir. Penso que ficou claro que a nossa economia e muitas das nossas empresas tem um encontro decisivo com a competitividade, com o crescimento e com a produtividade. Para exportar mais é preciso ser-se mais competitivo e para ser mais competitivo temos que ser mais produtivos. Como? Temos que ver o exemplo de muitas empresas portuguesas em vários sectores que já conseguiram superar esta etapa.
Necessitamos de tratar este problema como uma oportunidade, com o compromisso de todos, numa verdadeira missão nacional mas que seja uma missão com verdadeiro sentido de urgência. Precisamos de eliminar muitas barreiras à produtividade: eliminar a informalidade que permite que tantas empresas através de evasão das suas obrigações fiscais, segurança social, incumprimentos na qualidade, segurança e meio ambiente se mantêm a operar de forma ineficiente. Precisamos de eliminar uma regulamentação complexa e às vezes caótica que restringe que empresas mais eficientes possam operar com benefícios para os consumidores, para os empregados e para os seus investidores. Precisamos de melhorar definitivamente o papel e o funcionamento do sector público (os municípios, a saúde , a educação). Necessitamos de flexibilizar o mercado laboral. Se conseguirmos fazer isto conseguiremos fortalecer a nossa produtividade, e estaremos mais preparados para os desafios externos.

Das ideias apresentadas, quais as que considera terem mais possibilidades de concretização?
É prematuro avançar já com uma resposta. Primeiro temos que fazer o trabalho de casa. Ver os sectores da nossa economia que tem esse potencial de crescimento, temos que realizar um benchmarking vendo mercados, sectores, empresas, ... e depois ver como estruturar esse networking. Em principio terá que ser com um apoio inequívoco do governo, embaixadas, AICEP e Câmaras de Comércio. A Diáspora Portuguesa pode ajudar sempre e quando conseguirmos ter uma agenda concreta, com objetivos concretos e timings concretos.

Dinheiro Vivo, aqui.

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