FR
Início / Recursos / Recortes de imprensa / 2012
PSD quer dar mais «peso institucional» aos emigrantes
2012-03-17
As secções do PSD no estrangeiro querem que os emigrantes tenham mais "peso institucional" em Portugal, propondo para isso um pacote de alterações legislativas que inclui o aumento do número de deputados e o alargamento do voto às eleições autárquicas.

As propostas, que vêm sendo incluídas nos programas eleitorais do PSD, constam da moção "Comunidades Portuguesas - Uma oportunidade para Portugal", subscrita pelas secções na emigração e que será apresentada pelo deputado Carlos Gonçalves no congresso do partido, a 23, 24 e 25 de março, no Pavilhão Atlântico, em Lisboa.

"É para nós imperioso aumentar o peso institucional das comunidades em Portugal", refere o texto, que defende como medidas necessárias o aumento do número de deputados eleitos pelos círculos da emigração, a participação nas eleições autárquicas, a alteração da Lei do Recenseamento Eleitoral, a alteração do sistema de voto no estrangeiro e a alteração da Lei do Conselho das Comunidades Portuguesas.

Em declarações à Lusa, Carlos Gonçalves explicou que a "subrepresentação" dos 3.5 a 5 milhões de portugueses e luso-descendentes no estrangeiro justifica que, numa altura em que se fala na redução do número de deputados à Assembleia da República, o PSD mantenha a proposta de aumento para os círculos da Emigração.

O também presidente da Secção do PSD Paris sustentou que a proposta de aumento dos deputados não pode ser dissociada das outras "que visam a afirmação política" das comunidades, lembrando que nos últimos anos a "emigração não tem parado de crescer".

"Qualquer comunidade, por muito importante que seja no plano económico e social, só é forte se tiver um peso político que corresponda a essa sua importância", refere a moção.

Os subscritores do texto consideram que "Portugal tem sido incapaz de tirar benefícios da sua imensa diáspora", sublinham a "especial relevância" das comunidades na ação externa do Estado português e defendem a importância de "retirar proveito das redes empresariais portuguesas no estrangeiro" e de "apostar na lusofonia e na defesa do português como garantia de manutenção de uma posição relevante na cena internacional".

"O momento que o país vive obriga-nos a abraçar esta ideia de um Portugal de 15 milhões de cidadãos que espalhados pelo mundo dão corpo à afirmação do país. Não entender este Portugal é desperdiçar um valioso contributo para que o país supere o momento difícil que conhece", diz a moção.

"É importante dedicar mais alguma atenção aos portugueses que residem fora do país e ao que eles já representam e podem vir ainda a representar", reforça.

Nesse sentido, é proposta a realização de "um recenseamento das personalidades com influência nos diferentes países de acolhimento" para saber quantos e quem somos.

"Utilizar estas redes de personalidades em favor da defesa dos nossos interesses pode ser decisivo na afirmação de Portugal", refere.

Diário Digital com Lusa, aqui.

 

Observatório da Emigração Centro de Investigação e Estudos de Sociologia
Instituto Universitário de Lisboa

Av. das Forças Armadas,
1649-026 Lisboa, Portugal

T. (+351) 210 464 322

F. (+351) 217 940 074

observatorioemigracao@iscte-iul.pt

Parceiros Apoios
ceg Logo IS logo_SOCIUS Logo_MNE Logo_Comunidades