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Carlos Gonçalves diz que há emigrantes que não receberam boletim de voto por causa do cartão de cidadão
2011-05-23
O deputado social-democrata Carlos Gonçalves disse hoje que há portugueses no estrangeiro que não estão a receber o boletim de voto porque quando fizeram o cartão de cidadão em Portugal lhe foi atribuída uma morada em território nacional.

"Há muita gente que não está a receber o boletim de voto que percebeu que ao fazer o cartão do cidadão em Portugal mudou automaticamente a residência [de recenseamento]. Recebi muitas críticas nesse sentido", disse Carlos Gonçalves à Agência Lusa.

O que acontece, explicou Carlos Gonçalves, é que quando as pessoas fornecem uma morada portuguesa para fazer o cartão de cidadão essa morada é automaticamente associada ao recenseamento eleitoral em território nacional.

Para o deputado, este problema tem origem na falta de informação das pessoas sobre as regras de funcionamento do novo documento.

O cabeça-de-lista do PSD pela Europa esteve durante o fim-de-semana em campanha em Andorra, Toulouse e Bordéus (França), onde as questões da participação cívica e política dos emigrantes e o ensino da língua portuguesa dominaram a agenda.

Carlos Gonçalves destacou o descontentamento das comunidades relativamente a estas matérias, sublinhando que, em seis anos, o Governo socialista "não teve iniciativas relativas à participação cívica e política".

"Não é normal que se esteja a prometer durante seis anos a realização de um fórum de luso-eleitos, que nunca se concretizou. Mais grave é que havia regularmente em França um encontro de eleitos, que não teve lugar nos últimos anos e não foi por culpa da embaixada de Portugal", disse.

Para Carlos Gonçalves, "esta falta de sensibilidade para a questão cívica e política é a mais grave na ação de uma governação".

No principado de Andorra, Carlos Gonçalves manteve um encontro com o recentemente empossado ministro dos Negócios Estrangeiros a quem transmitiu as preocupações da comunidade portuguesa local relativamente ao ensino do português.

"Trocámos um conjunto de impressões sobre a comunidade portuguesa, tive oportunidade de chamar a atenção para as preocupações dos portugueses com o ensino da língua e senti alguma sensibilidade para a questão da comunidade", disse Carlos Gonçalves.

Em Andorra vivem cerca de 13 mil portugueses e a integração do ensino do português nos currículos oficiais do principado é uma das principais aspirações da comunidade e das próprias autoridades portuguesas, que por várias vezes têm levantado esta questão junto do Governo andorrano.

Carlos Gonçalves participou ainda em várias iniciativas com a comunidade portuguesa, que segundo o deputado, se mostra preocupada com a situação económica de Andorra bem como com os seus efeitos em matéria de emprego.     

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