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Namíbia espera voltar a ter uma embaixada
2010-12-29
Comunidade quer ver ensino do Português nos currículos das escolas públicas

A comunidade portuguesa da Namíbia bateu o pé e venceu. Em Março, o posto consular que sucedeu à embaixada vai voltar a assumir o estatuto perdido em 2007. Nesse ano, um grupo de portugueses - em representação dos mais de dois mil que residem neste país da África Austral - ocuparam simbolicamente o consulado honorário na capital, Windhoek, depois do Governo português ter anunciado a intenção de o encerrar. Em 2003, a Embaixada de Portugal já tinha sido fechada.

O conselheiro da comunidade portuguesa pela Namíbia, Manuel Coelho, um dos principais rostos do "levantamento" contra a intenção de Lisboa, espera que, até Março, não ocorra nenhum contratempo que inviabilize a criação da Embaixada. "Não vai ter criados, nem jardineiros, nem motoristas", ironiza, para sublinhar que o que interessa "é ter um registo civil a funcionar [e sem depender de Pretória, na África do Sul] e de ter "alguém para falar com o governo de cá", além de ajudar os portugueses a aproveitar as oportunidades de negócio e defender os seus interesses legítimos.

Com o apoio de Lisboa e da Embaixada, o conselheiro, em parceria com a comunidade que representa (e que já goza de um importante protagonismo económico no país), espera reunir todos os 'condimentos' para que se exerça a influência necessária para conseguir que o ensino da língua portuguesa seja incluído no programa curricular das escolas públicas.

Para além de satisfazer as aspirações dos membros da comunidade, que assim poderão facilitar o acesso dos filhos à aprendizagem da língua dos pais, esta será também uma forma de os portugueses assumirem mais protagonismo, pois o aprofundamento das relações comerciais e empresariais entre a Namíbia e a vizinha Angola (lusófona), está a gerar uma procura pelo ensino da língua  de Camões e Pessoa na Namíbia.

Comunidade "tranquila"
"A grande maioria da comunidade está tranquila", assegura Manuel Coelho. Sem querer entrar pelo campo do protagonismo económico que os portugueses estão a assumir neste país, o conselheiro prefere apenas dizer que "muitos trabalham por conta própria ou possuem empregos estáveis".

Ao contrário da África do Sul, diz que "há muito poucos casos de portugueses carenciados". Daí que tenha sido fácil, observa, aos seus compatriotas, nomeadamente através da Academia do Bacalhau e das suas iniciativas de beneficência, prestarem o apoio necessitado.

Diário de Notícias da Madeira, aqui.

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